É um caminho sem volta: o home office veio para ficar. Ainda bem! Você sabia que mais da metade dos negócios registrados nos Estados Unidos são home-based? Porém, muitas casas não contam com uma estrutura adequada para isso. Muitas vezes o negócio precisa de silêncio, ou é uma atividade barulhenta que atrapalha a casa, ou demanda o uso de equipamentos perigosos que não podem ficar expostos em um ambiente doméstico. Para não frustrar o lado “casa” nem o lado “escritório”, agora os projetos arquitetônicos estão prevendo esta nova realidade.

Vale dizer aqui – e isso está inclusive nas nossas palestras e livros – que a ideia não é tão nova assim. Antes da Revolução Industrial, as construções já eram planejadas para ter a casa e o trabalho lado a lado (ou melhor, um em cima do outro). Tudo no mesmo terreno, na mesma construção. Agora, os arquitetos e designers voltam suas atenções para as novas demandas do trabalho moderno. Casa e escritório contam com necessidades específicas e precisam conviver em harmonia.

A versão mais atualizada dessa realidade chama-se “workhome“. Tem até um grupo especializado em desenvolver projetos desse tipo. Tem mais detalhes nessa matéria do Wall Street Journal que nos foi enviada pelo querido leitor Bruno Fernandes e que traduzimos aqui para você com exclusividade.

Casa é casa, escritório é escritório : Em Rotterdam, na Holanda, o escritório de arquitetura 24H criou um workhome para quem trabalha com estúdio de gravação, prevendo a questão acústica em estruturas que ficam no subterrâneo, enquanto as casas circundam essa área de trabalho (imagem no topo do post). O grupo também previu mesas de picnic para os home officers não se isolarem, gramado para as crianças brincarem e essa separação bem nítida entre casa e trabalho em duas estruturas próprias, porém próximas.

Funcionários no home office :Ter funcionários trabalhando com você na sua casa pode ser um tanto complicado. Pensando nisso, o escritório Sarah Wigglesworth Architects pensou em uma estrutura dinâmica para separar a home do office. A estrutura conta com entradas separadas para a casa e para o escritório e fachadas diferentes para cada um também. A do escritório é mais tradicional. A arquiteta também previu uma parede móvel que é fechada durante o expediente – separando casa e escritório – e aberta à noite, integrando-se à casa. A decoração também é diferenciada em cada ambiente. Assim, trabalho e vida pessoal ficam integrados na medida certa.

Fábrica e casa:  Em São Francisco, um casal de empreendedores com dois filhos resolveu entregar o seu projeto de workhome para o escritório McCoppin Studios. O problema: eles têm uma mini fábrica de objetos de arte em grafite (que servem também para escrever) e precisavam de um espaço para a fabricação, workshops, escritório/estúdio e showroom. A saída foi utilizar o andar térreo do prédio para a função “trabalho” e o andar de cima para a casa. Os dois ambientes, porém, também se misturam de acordo com a demanda. Os filhos do casal, por exemplo, têm aula de piano e fazem seus projetos de arte no estúdio enquanto alguma funcionária que precise amamentar utiliza o andar “casa” para isso.

Um pouco de cada:  Regiões antes industriais, como a King’s Wharf em Londres, agora recebem novas iniciativas e projetos contemporâneos. Aqui um parênteses: vimos muito disso em Londres (no Butler’s Wharf) e também no Brooklyn/NY, no Industry City. Cada vez mais os jovens empreendedores têm mudado a cara das cidades com seus negócios e estilo de vida inovadores. Pois bem, lá no King’s Warf, o escritório de arquitetura Stephen Davy Peter Smith projetou um prédio com pequenos apartamentos/estúdios. Todos têm um espaço aberto, mais amplo, embaixo e um mezzanino. Todos têm quarto e banheiro. Aí fica a critério do morador colocar o seu escritório/ateliê em cima ou embaixo. São 57 unidades de workhome, o que também ajuda a promover a interação social entre esses empreendedores e artistas.

Vitrine do home office: Além de ficar mais perto do seu público e da sua vizinhança, este projeto de workhome ajuda o home officer a “ficar na vitrine”. O projeto dessa comunidade em Essex, no Reino Unido, conta com 43 unidades de workhome com este layout, que permite a sua exposição através de janelões de frente para a rua (resolve o problema de alugar lojinha, hein?). O projeto é do escritório Alison Brooks Architects.

Para os arquitetos interessados no assunto, vale se aprofundar no livro “Beyond Live/Work: the Architecture of Home-Based Work“, do dr. Frances Holliss, que assina essa matéria.

E você, tem uma estrutura workhome? Qual a sua ideia? Escreva aqui nos comentários. Vamos melhorar nossos home offices com novas ideias!

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